Adjunto Adverbial


Complemento Nominal

Dando continuidade ao nosso estudo sobre Análise Sintática (veja o início aqui) nós vamos falar hoje sobre o Complemento Nominal.

Antes nós vimos que o objeto é o termo que completa o sentido da oração e vimos que ele pode ser classificado como direto ou indireto (além de preposicionado, pleonástico e cognato). 

O Complemento Nominal também é um complemento (do mesmo estilo do objeto), porém ele não completa o sentido de um verbo, mas sim completa o sentido de um substantivo abstrato, de um advérbio ou de um adjetivo.

Vamos, inicialmente, lembrar a ideia de "objeto". Veja este exemplo:

Astolfo gosta.

A oração está incompleta, portanto precisamos completar o sentido do verbo "gostar", dizendo o que o Astolfo gosta. Para completar o sentido do verbo, nós usamos um objeto:

Astolfo gosta de água.

O termo "de água" é objeto indireto e aparece depois do verbo "gostar".

Agora, veja este exemplo:

Astolfo tem necessidade. 

Observe que essa oração está incompleta. Surge uma pergunta no ar: "Astolfo tem necessidade do quê?" É preciso completar o sentido dessa oração. Portanto, a oração precisa de um complemento. Vamos inventar um:

Astolfo tem necessidade de atenção




O termo "de atenção" completa o sentido da oração. Porém, ele não está completando o sentido de um verbo (coisa que o objeto faz). Observe que "de atenção" está completando o sentido da palavra "necessidade" (um substantivo abstrato).

Portanto, "de atenção" é um Complemento Nominal. Ele tem a mesma função do objeto (completar o sentido da oração), mas ele não aparece depois de um verbo, mas sim depois de um substantivo abstrato, de um advérbio ou de um adjetivo.

Além disso, o complemento nominal sempre tem preposição.


Resumo da Ópera:



Objetos completam o sentido dos verbos e complementos nominais completam 
o sentido de substantivos (abstratos), advérbios e adjetivos. 


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Objeto Direto e Objeto Indireto

Hoje nós vamos falar dos objetos diretos e dos objetos indiretos, além de transitividade verbal. 

Uma coisa chamada "Objeto"

Na Sintaxe (que é o assunto que estamos estudando agora), o objeto é um complemento verbal, ou seja: ele completa o sentido do verbo e não deixa a oração inacabada.

Veja este exemplo:

Meu cachorro gosta. 


Essa oração está estranha, não? Você também acha que está faltando alguma coisa nela? Tipo: "Meu cachorro gosta do quê"?

Como você acabou de perceber, essa oração está incompleta. O sujeito é "meu cachorro", o verbo é "comer", mas falta dizer o que ele comeu, não é verdade?

Portanto, precisamos de alguma coisa que complete o sentido do verbo "comer" e esse complemento se chama objeto: é o termo que completa o sentido de um verbo.


Meu cachorro gosta de papel




Agora o sentido da oração ficou completo. O termo "de papel" é um objeto porque ele completa o sentido do verbo "gostar" (ele explica que o cachorro gosta de papel).

Objeto Indireto e Objeto Direto

Agora você precisa saber de uma coisa: os objetos podem ser classificados de acordo com a presença ou não de preposição. Se houver preposição (ou seja: se o objeto foi ligado ao verbo por meio de uma preposição), teremos um objeto indireto. Caso contrário, se não houver preposição ligando o verbo ao objeto, então nós teremos um objeto direto.

Resumindo: com preposição é indireto e sem preposição é direto

OBS: Se você não lembra direito o que são preposições (e o que fazem, onde estão e como vivem) então clique aqui para nós refrescarmos a memória. 

Vamos aos exemplos:

Meu cachorro gosta de papel.
Meu cachorro adora papel. 


Veja que na primeira oração nós usamos a preposição "de" ("gosta de papel"). Portanto, o termo "de papel" é um objeto indiretoJá na segunda oração não há preposição entre o verbo e o complemento ("adora papel"). Logo, "papel" é um objeto direto.

Transitividade Verbal


Você viu que os objetos completam o sentido dos verbos. Quando isso acontece, esses verbos são chamados de verbos transitivos. Portanto, todos os verbos que possuem objetos são chamados de verbos transitivos. 

Por exemplo:

Vanusa terminou o namoro
("o namoro" é objeto, então "terminou" é verbo transitivo)



Verbos Transitivos Diretos e Verbos Transitivos Indiretos


Você já se perguntou o motivo de a preposição aparecer e às vezes não aparecer na oração? Bem, isso aí vai depender dos verbos. Alguns verbos exigem a preposição enquanto outros não exigem. 


Veja o exemplo:

Chico gosta pinguins. 

Perceba que a oração está esquisita. Afinal, o correto é "Chico gosta de pinguins". Isso acontece porque o verbo "gostar" exige a preposição "de" (quem gosta, gosta de alguma coisa). Portanto, com o verbo "gostar", nós somos obrigados a usar a preposição.

Chico gosta de pinguins 
(o verbo "gostar" exige a preposição "de")
CHICO 0 X 1 PINGUIM


Outros verbos não exigem a preposição, como por exemplo, o verbo "amar" (quem ama, ama alguma coisa). Veja o exemplo:

Eu amo livros

Observe que não existe nenhuma preposição entre o verbo ("amo") e o objeto direto ("livros"). 

Os verbos que não exigem preposição para se ligarem aos seus objetos são chamados de verbos transitivos diretos. Já os verbos que exigem preposição para se ligarem aos seus objetos são chamados de verbos transitivos indiretos

Verbos Transitivos Diretos e Indiretos

Em alguns casos, os verbos podem ter dois objetos, um contendo preposição e outro sem preposição, ou seja: um verbo com um objeto direto e com um objeto indireto ao mesmo tempo. Quando isso acontece, o verbo é classificado como verbo transitivo direto e indireto

Veja um exemplo:

Chico entregou o lápis ao João.

O verbo "entregar" é transitivo direto e indireto porque ele tem dois objetos: um objeto direto ("o lápis") e um objeto indireto ("ao João"). 

Intransitividade Verbal

Se a oração não tiver objeto, então o verbo será intransitivo. Veja o exemplo:

Astolfo morreu. 
(a oração não precisa de objeto, pois o sentido da oração está completo. 

Portanto, o verbo morrer é intransitivo porque não precisa de objeto para ter sentido.

Observação: se aparecer algum termo depois de um verbo intransitivo, esse termo não poderá ser objeto (será outra coisa).

Exemplo:

Astolfo morreu ontem

Como "morrer" é um verbo intransitivo, "ontem" não pode ser objeto. Nesse caso, "ontem" é um adjunto adverbial (nós vamos estudá-lo depois). 



Resumo da Ópera

1) O objeto é o termo que completa o sentido do verbo;
2) O objeto direto se liga ao verbo sem preposição;
3) O objeto indireto se liga ao verbo com preposição;

4) O verbo que possui objeto é chamado de verbo transitivo;
5) O verbo que não possui objeto é chamado de verbo intransitivo;

6) O verbo transitivo direto é aquele que não exige preposição;
7) O verbo transitivo indireto é aquele que exige preposição;
8) Verbo transitivo direto e indireto é aquele que possui dois objetos (um direto e outro indireto).

Próximo Artigo

No próximo artigo, nós vamos estudar o Objeto Direto Preposicionado. Sim, o mundo é uma caixinha de surpresas e até mesmo o objeto direto pode se ligar ao verbo transitivo direto por meio de preposição. Você verá isso com mais detalhes. 


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