Processo de Formação de Palavras

Olá povo.

Hoje vamos falar a respeito do processo de formação de palavras. Antes de tudo, você precisa saber o seguinte:

1)Classificação das Palavras

1.1) PALAVRAS DERIVADAS: são formadas a partir das palavras primitivas
ex: casebre é uma palavra derivada de casa

1.2) PALAVRAS PRIMITIVAS: não são derivadas de nenhuma outra palavra
Ex: casa é uma palavra primitiva, ou seja: não foi formada de outra palavra. Pelo contrário, ela forma palavras derivadas, como casebre e casarão.


CASA é uma palavra primitiva
CASEBRE e CASARÃO são palavras derivadas de CASA.



Mais um projeto da Brega-Brega Serviços Arquitetônicos LTDA

1.3) PALAVRAS COMPOSTAS: possuem mais de um radical
ex: couve-flor (couve+flor), arco-íris (arco+íris), planalto (plano+alto)

1.4) PALAVRAS SIMPLES: possuem apenas um radical
ex: couve, arco, flor, íris, alto, plano

2) Formando palavras por composição

As palavras e radicais, quando combinados, podem formar outras palavras. São dois os processos de composição:

2.1) Justaposição: os sons das palavras envolvidas na composição não mudam:

Ex: segunda-feira (segunda + feira), girassol (gira+sol), couve-flor (couve+flor)

2.2) Aglutinação: os sons das palavras envolvidas na composição mudam

Ex: plano+alto=planalto, perna+alta=pernalta, aguardente (água+ardente) 

AGUARDENTE é uma palavra composta formada pelo processo de aglutinação

A aguardente e seu poder em arranjar amigos aos seus usuários

3) Formando palavras por derivação 

Sabendo que prefixos são pequenas estruturas que podem ser postas no início das palavras e que sufixos são pequenas estruturas que podem ser postas no final das palavras, então:

3.1) Derivação prefixal: você pega a palavra e enfia um prefixo nela

Ex: in+feliz = infeliz

3.2) Derivação sufixal: você pega uma palavra e enfia um sufixo nela

Ex: feliz+mente = felizmente

3.3) Derivação Prefixal e Sufixal: você pega uma palavra e enfia, simultaneamente, um prefixo e um sufixo:
Ex: in + feliz + mente = infelizmente 

INFELIZMENTE, o gatinho não conseguiu comer sua ração 



Obs: na derivação prefixal e sufixal, a palavra existiria caso se retirasse o prefixo ou o sufixo (no caso acima: felizmente/infeliz). Isso não ocorre na "derivação parassintética", que é o caso a seguir.

4) Parassintética ou (parassíntese): assim como a derivação prefixal e sufixal, você também acrescenta um prefixo e um sufixo à palavra. Entretanto, essa nova palavra não existirá sem o prefixo ou sem o sufixo. 

LOUCO => ENLOUQUECER



5) Derivação Imprópria: ocorre quando há mudança de classe gramatical

Ex: 
Vou jantar (jantar = verbo)
O jantar foi bom ("o jantar" = substantivo)

Nesse caso, o verbo "jantar" sofreu derivação imprópria, se transformando num substantivo.


O jantar de hoje será gato à milanesa (substantivo)
Jantaremos gato à milanesa (verbo)


6) Derivação Regressiva

Ocorre quando a palavra primitiva se reduz, retirando-se a parte final da palavra, criando-se substantivos a partir de verbos. 

O verbo "comprar" pode sofrer derivação regressiva, se transformando em "compra" (a compra da TV foi feita no cartão) 

Outros exemplos: o agito (vem de "agitar"), a ajuda (vem de "ajudar"), o alcance (vem de "alcançar"), o fumo (vem de "fumar"), a perda (vem de "perder") etc...

CONCLUSÃO

Você, agora, é um expert em processo de formação de palavras!

VERBATIM!

da onde tirei as fotos?
baianonerd.xpg.com.br
papodebar.com
lolcos.wordpress.com
créditos na imagem

tags: processo de formação de palavras, aglutinação, justaposição, derivação regressiva, derivação imprópria, derivação prefixal, derivação sufixal,parassintética, parassíntese, gramática, blog do gramaticando

Placa da Semana #2

Que geladeira bacana...





imagem extraída de: pyerkey.blogspot.com

Dígrafo e Encontro Consonantal

Nas postagens anteriores, falamos a respeito dos Encontros Vocálicos (ditongo, hiato e tritongo). Você viu dicas, macetes e pegadinhas.

Hoje veremos outros dois conceitos em Fonologia: Encontro Consonantal e Dígrafo.

4) Encontro Consonantal: como o próprio nome diz, é o encontro entre duas consoantes.

Ex: prática, pneu, carta, vidraça, placa


PLACA tem um Encontro Consonantal




O importante a saber é o seguinte: no encontro consonantal, as duas letras possuem dois fonemas distintos (dois sons). Por exemplo, "br" (ex: Brasil) é um encontro consonantal que possui dois fonemas distintos: /b/ e /r/

5) Dígrafo: ao contrário do Encontro Consonantal, o Dígrafo é o encontro de duas letras que possuem apenas um som. Ex: "ss" (passarinho), "nh" (ninho), "lh" (palhaço), "qu" (queijo), "sc" (nascer), "rr" (carroça), etc...


CARRO tem um Dígrafo

Hiato e Tritongo

Dando continuidade ao nosso estudo em Fonologia, vamos falar hoje de mais dois tipos de Encontros Vocálicos. Na postagem anterior, falamos sobre o ditongo (encontro de uma vogal com uma semivogal). Hoje falaremos a respeito do hiato e do tritongo.

2) Hiato

O hiato nada mais é do que o encontro de duas vogais. Esqueça aquele negócio de "encontro de vogais em sílabas diferentes". Enquanto o ditongo é o encontro de uma semivogal ("i" ou "u") com uma vogal, o hiato é o encontro de duas vogais. Ex: sde (o "u", nesse caso, não é semivogal, mas sim é vogal, pois é tônico), sda (o "i", nesse caso, é vogal, pois é tônico), pessoa (o "o" e o "a" são vogais).

SDA tem um hiato




Vogais repetidas também são consideradas hiatos. É bom lembrar que, de acordo com a Nova Ortografia, os hiatos de vogais repetidas não devem ser acentuados. Ex: voo, enjoo, coordenação, zoológico.



3) Tritongo 

O tritongo é o grupo formado por uma vogal rodeada por duas semivogais numa mesma sílaba. Portanto, a palavra Uruguai é um tritongo (U-ru-guai), porém a palavra "boia" não é tritongo (boi-a), pois o grupo "oia" não fica numa mesma sílaba. Assim como os ditongos, os tritongos podem ser classificados em nasais (quando possuem som nasal) ou orais (quando não possuem sons nasais). Para saber se uma palavra possui um som nasal, basta fechar as narinas com os dedos (como se estivesse sentindo um cheiro ruim) e pronunciar a palavra. Se houver aquela mudança gritante no tom da voz (voz "fanha"), então a palavra possui som nasal.

Ex: Uruguai (tritongo oral), saguão (tritongo nasal).



Ditongo

Hoje nós vamos continuar o nosso estudo em Fonologia falando a respeito do Ditongo.

1) DITONGO: é o encontro de uma vogal com uma semivogal numa mesma sílaba.

Os ditongos podem ser classificados em:

1.1) Ditongo Crescente: ocorre quando a semivogal aparece antes da vogal. Lembre-se de que a vogal é mais forte (mais tônica) do que a semivogal (mais fraca). Exemplos: água (vogal: "a", semivogal: "u"), série (vogal: "e", semivogal: "i").

Macete: veja, então, que para ser ditongo crescente, é preciso que a fraca (semivogal) venha antes da forte (vogal), dando ideia de força crescente (da fraca para a forte).

1.2) Ditongo Decrescente: é literalmente o contrário do ditongo crescente. Ocorre quando a semivogal (+ fraca) aparece depois da vogal (+ forte). Ou seja: a força tônica decresce da mais forte (vogal) para a mais fraca (semivogal). Exemplos: herói ("o" é vogal e "i" é semivogal), céu ("e" é vogal e "u" é semivogal), bailarino (o "a" é vogal e o "i" é semivogal).

"BAILARINO" tem um ditongo decrescente




Conclusão: para saber se o ditongo é crescente ou decrescente, basta ver se a semivogal aparece antes da vogal (semivogal para vogal = fraca para mais forte = crescente), ou se aparece depois (vogal para semivogal = forte para mais fraca = decrescente). Outra dica é saber que a semivogal sempre será o "i" ou o "u", enquanto que as vogais serão geralmente o "a", "e" e "o" (possuem som mais forte).

1.3) Ditongo Nasal: como o próprio nome diz, o som é nasal. Para saber se o som é nasal, basta fechar suas narinas com os dedos (como se estivesse sentindo um cheiro ruim) e pronunciar a palavra. Ao dizer "frequente" com suas narinas tampadas, o som mudará drasticamente (vai parecer um pato falando). Deixando as narinas livres, você vai conseguir pronunciar a sílaba "quen" tranquilamente. Logo, "frequente" tem um ditongo nasal.

Geralmente os ditongos nasais são aqueles que aparecem seguidos de "m" e de "n" na mesma sílaba (frequente, quando), são aqueles que levam o acento til (anão, mãe, mão) e o "ui" juntos na mesma sílaba (muito).

Observação:

Além dessas ocorrências, temos também as formas "em", "en", "am", e "ens" em final de palavras.
Exemplo clássico desse caso: "também".

A palavra "também" possui o ditongo nasal "em". Isso acontece porque a consoante "m" dessa sílaba, por estar em final de palavra, tem o som de "ei", como se estivéssemos dizendo "tambei". Portanto, pela característica sonora, dizer "também" é o mesmo que dizer "tambei" e, portanto, temos o ditongo "ei", que em linguagem fonética é representado por [ey], pelos fonemas /e/ e  /y/. Não se esqueça que essa propriedade ocorre com as formas "em", "en", "am" e "ens" em final de palavras.

NINGUÉM inocentou o ladrão. 
(a palavra "ninguém" tem ditongo nasal)


1.4) Ditongo Oral: é o ditongo que não possui som nasal. Se você fechar suas narinas e pronunciar o som, não haverá alteração de voz. Ex: água, leite, etc...

Placa da Semana



fonte: blog "Eu Intendo"

Fonologia

Hoje nós vamos começar a falar sobre Fonologia. Basicamente, a Fonologia estuda os fonemas, ou seja, os sons das palavras e, por causa disso, aqui tudo é possível! Seja bem-vindo ao mundo onde escrever "história" sem "h", "cachorro" com "x" e "casa" com "z" é correto!


FONEMA: O fonema é um som que pode ser representado por uma ou mais letras. Por exemplo, na palavra "carro", nós temos 5 letras. Porém, temos 4 fonemas (sons), porque o "rr", mesmo sendo duas letras, possui um som único.  

VOGAL: Sabemos que existem cinco vogais: a,e,i,o,u. Agora, talvez você não sabia o seguinte: cada sílaba possui apenas UMA VOGAL. Se uma sílaba tiver duas vogais, a tônica será a vogal e a outra será uma semivogal. Se uma sílaba tiver três vogais, a tônica será a vogal e as outras serão semivogais, ok? 

SEMIVOGAL: a semivogal são as letras "i" e "u" quando estiverem na mesma sílaba com outra vogal. Também são semivogais as letras "m" e "n" formando "am", "em", e "en" em final de palavras. 

CONSOANTE: são as demais letras que, basicamente, precisam de vogal para formarem palavras. Não existe palavra em nossa língua escrita apenas com consoante. Já com vogal, existe (ex: "ai!", "ui!").

REPRESENTAÇÕES: quando escrevemos as palavras representando os fonemas, teremos algumas alteações. O "i" é representado pelo "y", o "u" é representado pelo "w", o "c" é representado pelo "k" (se tiver som de "k" e não de "s", como "cesta"). Já o "m" e o "n", quando aparecerem após uma vogal na mesma sílaba, são representados pelo acento "til" na vogal, nasalizando-a. O "x", quando tem o mesmo som em "táxi", possui dois fonemas: "ks". A letra "h" não possui fonema. 

Ex: a palavra "tango" é representada por [tãgo] (o "n" deixou o som da vogal "a" nasal). Logo, essa palavra tem cinco letras e quatro fonemas. Seus fonemas são: /t/,/ã/,/g/,/o/ 

TANGO tem 5 letras e 4 fonemas (sons)

[O gatu y sew amigo de tãgo]


A "transcrição fonética" nada mais é do que analisar quantos fonemas uma palavra possui. A forma falada da palavra pode ser escrita entre []. Já o fonema isolado é escrito entre //. Vamos praticar um pouco:

CAIXA, [KAYXA]
- 5 letras, das quais: 2 são consoantes (c,x), duas são vogais (a,a) e uma é semivogal (i)
- 5 fonemas (sons)

MANCHA, [MÃXA]
-6 letras, das quais: quatro são consoantes (m,n,c,h), duas são vogais (a,a)
- 4 fonemas (sons), observando que o "an" tem som único de "ã" e o "ch" tem som único de "x"

PASSARINHO, [PASARINO]
- 8 fonemas, observando que "ss" tem um único fonema, "nh" tem um único fonema

O [PASARINO] sentindo um mau pressentimento




CASAMENTO, [KAZAMETU] (obs: considere o "e" com um til)
- 8 fonemas, observando que o "men" tem dois fonemas, nasalizando-se o "e" com um til. 

TÓXICO, [TÓKSICO] 
- 7 fonemas, observando que a letra "x" possui dois fonemas "ks". 

HOJE, [OJE]
- 3 fonemas, observando que a letra "h" não possui fonema

ÉDEN, [EDEY] (obs: considere o 2º "e" com til)
- 4 fonemas, observando que o "en", em final de palavra, vira "ey" (com o "e" nasalizado), se transformando na semivogal "i" /y/. 

Outras observações:

Na palavra "pais", nós temos uma vogal ("a") e uma semivogal ("i'). Na palavra "país", nós temos duas vogais ("a" e "i").

Regência Verbal (lista)

A Regência Verbal é, particularmente, um assunto que exige "decoreba" (essa é a verdade crua e nua). Porém, é um assunto muito importante, principalmente para a redação. Os verbos podem exigir preposições, que por sua vez podem se combinar com artigos (ex: de+a=da; em+a=na; a+o=ao; a+a=à, etc...). A Regência Verbal nada mais é do que a análise das preposições exigidas pelos verbos.

Para entender essa postagem, você precisa saber a respeito de Transitividade Verbal e de Combinações de Preposições com artigos. Se você não souber esses conceitos, poderá não entender alguma coisa nessa postagem.

Existem os verbos mais clássicos (aspirar, assistir, etc...) e serão esses que veremos agora. Preparei uma lista com eles. Realmente, não tem jeito... tem que decorar.

1)ASPIRAR: Pode ser transitivo direto ou transitivo indireto.

1.1) Será transitivo direto (não exige preposição) quando significa “tragar”, “inspirar”. 

Juvêncio aspirou o perfume de Clotilde.

1.2) Será transitivo indireto (exigindo a preposição "a") quando significar "desejar". 

Juvêncio aspira ao cargo de motorista de disco voador. 
Clotilde aspira à carreira culinária 

Obs: Veja que a preposição "a" (exigida pelo verbo "aspirar") se une ao artigo "o" de "o cargo" (formando o "ao") e ao artigo "a" de "a carreira" (formando o à).

O artigo também poderia ser indefinido:

Juvêncio aspira a um cargo na empresa Brega-Brega Ltda. 

Obs 2: Não existe "aspiro-lhe". O certo é "aspiro a ele", ou "aspiro a ela". 


2)ASSISTIR: Pode ser transitivo indireto, transitivo direto ou intransitivo.


2.1) Será transitivo direto (não exige nenhuma preposição) quando significar “socorrer”, “ajudar" ou "cuidar".

O doutor Virgulino assiste o paciente
(O doutor Virgulino cuida do paciente)

2.2) Será intransitivo (exigindo a preposição "em" sem precisar de complemento) quando significar “morar”. 

Vandercley assiste no Rio de Janeiro (no = em + o)


2.3) Será transitivo indireto (exigindo a preposição "a") para as outras situações (quando significar “ver”, “presenciar” ou “pertencer”). 

Virgulino assistiu ao filme ou Virgulino assistiu a um filme 



3) CHAMAR: Pode ser transitivo direto ou transitivo indireto.

3.1) Será transitivo direto (não exige preposição) quando significar “fazer vir" ou "convocar". 

Cicleyson chamou Bericlécia do escritório. 


3.2) Será transitivo indireto (exigindo a preposição "por") quando significar “invocar” 

Cicleyson chamou por Jesus Cristo. (chamou=invocou)

Obs: Será transitivo indireto (exigindo a preposição "de" ou "a") ou transitivo direto (não exigindo preposição) quando significar "apelidar". 

Chamei Bereteneu de gordo.
Chamei a Bereteneu de gordo.
Chamei Bereteneu gordo.
Chamei a Bereteneu gordo. 

Estranho, né? 

4)ESQUECER/LEMBRAR 

4.1)Primeira possibilidade: os verbos são transitivos diretos, sem exigir preposição (esquecer algo)

Eu esqueci a chave


4.2) Segunda possibilidade: os verbos são pronominais e são transitivos indiretos, exigindo a preposição "de" (esquecer-se de algo) 

Eu me esqueci da chave (da=de+a)

O mesmo ocorre com o verbo "lembrar":

Eu me lembrei da chave. 

Obs: O verbo "lembrar" também pode ser transitivo direto e indireto:"lembrar alguma coisa a alguém" ou "lembrar alguém de alguma coisa"

5)NAMORAR: Ao contrário do que estamos acostumados a dizer, o verbo "namorar" é transitivo direto (não tem preposição). 

Portanto, está errado dizer "Fulano namora com Ciclano", mas sim, "Fulano namora Ciclano". 

Edicley namora Cescreuza




6)OBEDECER/DESOBEDECER: É Transitivo indireto, exigindo a preposição "a". 

Juvêncio obedece/desobedece aos pais. 


7)PREFERIR: Ao contrário do que grande parte das pessoas pensam, esse verbo é transitivo direto e indireto (exigindo um complemento sem preposição e outro com a preposição "a"). 

O modelo é: "prefiro isso a aquilo". 

Macicley prefere lápis a lapiseira

É errado falar "Macicley prefere lápis do que lapiseira". 


8)QUERER: Pode ser transitivo direto ou transitivo indireto. 

8.1) Será transitivo direto (sem exigir preposição) quando significar "desejar"

Juvenal quer comer salada de cachorro




8.2) Será transitivo indireto quando significar "ter afeto" ou "estimar". Você só precisa saber disso para a prova, já que ninguém fala isso no cotidiano. 

Eu quero a meus parentes (= eu tenho afeto por meus parentes). 

Portanto, veja as diferenças:

Eu quero meus pais (eu desejo meus pais)
Eu quero a meus pais (eu tenho afeto por meus pais) 


9)SIMPATIZAR: Esse é mais um verbo que você precisa saber só para a prova (porque a gente não usa na linguagem do cotidiano). Esse verbo é transitivo indireto, exigindo a preposição “com”.

Virgulino não simpatiza com o Partido Democrático Marciano. 

10)VISAR: Pode ser transitivo direto ou indireto





10.1) Será transitivo direto (não exige preposição) quando significar "dar visto" ou "mirar".

Edeclécio visou todos os passaportes (deu o visto em todos os passaportes)
O atirador visou o alvo, mas deu um tiro em seu pé. 

10.2) Será transitivo indireto (exigindo a preposição "a") quando significar "desejar" ou "pretender"

Os funcionários da Brega-Brega Ltda visam a uma reforma em seus escritórios 

Confortável escritório da Brega-Brega Ltda



Obs1: Está errado dizer "viso-lhe". O correto é dizer "viso a ela" ou "viso a ele"
Obs2: Geralmente, quando o verbo é seguido por um infinitivo (verbo na forma terminada em ar/er/ir), a preposição é omitida. Ex: ele visou comer todos os pratos do cardápio. 



crédito das imagens (na ordem em que foram apresentadas)
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ultimoriso.blogspot.com







Jogo rápido: "Possue" ou "Possui"?

O correto é "possui". Não existe "possue".


O Partido Brega-Brega possui candidatos sérios 





imagem retirada de: article.wn.com

tags: possui possue qual o correto qual usar como escrever ortografia gramática blog do gramaticando

E aí? Devo confiar?

Imagine a seguinte situação: estou feliz da vida, navegando em minha rápida internet 3G (que demora uma manhã inteira para carregar uma página da web)... Então, eu me deparo com essa situação:



E aí, meu povo? Eu posso clicar no "OK" e deleitar-me  tranquilamente em berço esplêndido, repousando a minha cabeça no meu travesseiro de penas de pokemon e dormir despreocupado, ou entãodevo clicar no "X" sem me arrepender de nada?

O que você faria? O que você me recomenda a fazer?

A) Isso é uma cilada Bino! Isso é vírus! Clica no "X"!
B) Vai na fé, amigão... Essa mensagem é original. Fica frio e clica no "OK".


EM BREVE...

Jogos dos 7 Erros T2-R (Descubra se você é uma pessoa chata)

Vamos, então, às respostas do 2ª texto da série "Jogos dos 7 Erros".

No texto "Descubra se você é uma pessoa chata", existem três palavras escritas de modo errado:

A conversa em monólogo: o chato nunca percebe que está falando sozinho. O ouvinte é quem sofre e geralmente dá sinais de vida falando “hein”, “aham”, “sim”, “claro”, “concordo”, entre outros termos vagos como esses... Logo, se você conversa com uma pessoa e ela se limita a confirmar coisas vagas, então tem alguma coisa errada. Quem gosta de uma conversa não aje como ouvinte mas sim, sempre participa junto. Logo, se você for conversar com uma pessoa e só você falar, então experimente mudar de assunto por mais legal que ele seja para você. Ou, às vezes, o cara chato se empolga, fala demais e não deixa o outro falar. 

O nosso primeiro erro está na grafia da palavra "aje". O correto é "age", pois vem do verbo "agir", que se escreve com "g".

Outras palavras que geram dúvidas semelhantes são: jiboia, lage, jiló

Intrometido: Pessoas intrometidas costumam ser chatas. Perguntam coisas desnecessárias com que objetivo? Resposta: para nada, ou então para sair fofocando por aí. Sugam a sua paciência para nada. Você é obrigado a respirar fundo e responder educadamente. Se você der uma indireta, elas não entendem e interpretam mal, o achando mau educado. Evite ser intrometido: basta não ser a agenda da pessoa. Evite perguntar o que ela vai fazer ou vai deixar de fazer. 

Nesse caso, temos 2 erros em um: primeiramente, o correto é se escrever "mal", conforme a regra:

MAL - contrário de BEM
MAU - contrário de BOM

Logo, o contrário de mal-educado é "bem-ducado" (e não "bom-educado").

Outra coisa que você percebeu agora é o uso de hífen. Sempre que usamos o "mal" numa palavra composta, usaremos hífen se o segundo membro começar com vogal ou com h. Como "educado" começa com a vogal "e", usaremos o hífen, ficando: MAL-EDUCADO.

E o nosso terceiro erro se enquadra na mesma situação:

Com essas cinco características, você pode evitar ser uma daquelas pessoas bem chatas. É claro que tem outras variantes. Se você for uma daquelas pessoas que sempre está mau humorada e nada te alegra, você poderá ser considerada chata por alguém, por exemplo. Orgulhoso demais? É chato. Humilde demais? É chato. Certinho demais? É chato. Educado demais? É chato... Repetitivo demais? Muito chato...

Conforme a regra que acabamos de ver, o correto é MAL-HUMORADA.

Esses foram os três erros de ortografia do 2ª texto da série "Jogos dos 7 Erros". Os leitores participaram através de comentários e através do envio de mensagens pelo nosso formulário de contato, descobrindo os erros. Quero agradecer aqui a participação de vocês e, sobretudo, meus parabéns! O placar foi virado:



Se preparem para os próximos desafios!

"Para eu" ou "Para mim"?

Gente, esse assunto não tem mistério nenhum! Veja:

PARA EU - sempre vem acompanhado de verbo no infinitivo (onde o "eu" é o sujeito)

PARA MIM - não funciona como sujeito e não vem acompanhado pelo verbo. Funciona como complemento verbal.

Exemplos:

Florentina enviou uma foto do Facebook para eu ver.
Florentina enviou uma foto do Facebook para eu apreciar.
Florentina enviou uma foto do Facebook para eu contemplar
Florentina enviou uma foto do Facebook para mim. 

Foto engraçada Facebook



Veja que, ao lado de "para eu", sempre aparece um verbo no infinitivo (ou seja, terminado em ar/er/ir). Se não tiver verbo, então use o "para mim". Veja outros exemplos:

Para mim, é ótimo falar com você (veja que não tem verbo no infinitivo depois do "para mim").
Getúlia comprou biscoitos para mim na semana passada
Gertúlia comprou biscoitos para eu comer

Agora, PELO AMOR DE DEUS, jamais fale:

Gertúlia comprou biscoitos para "mim comer" (o certo é "para eu comer")
Ronaldo comprou laranja para "mim chupar" (sem comentários...)

Portanto, apenas use o "para eu" se aparecer, na sequência, um verbo no infinitivo (isto é, terminado em ar/er/ir).

O "eu" é um pronome do caso reto e o "mim" é um pronome do caso oblíquo. Enquanto que o "eu" atua como sujeito de uma oração, o "mim" apenas complementa outra oração.

VERBATIM


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