Polissemia e Ambiguidade

Olá, meu povo!

Hoje eu vou explicar dois conceitos importantes para a Semântica: a polissemia e a ambiguidade. Você já ouviu falar nessas duas palavras? 

 POLISSEMIA 

A polissemia nada mais é do que a possibilidade de uma palavra ou expressão ter mais de um significado, podendo ser entendida de mais de uma forma diferente dependendo do contexto, da situação.

A palavra manga, por exemplo, pode indicar uma fruta ("comi uma manga"), ou então uma parte da roupa ("ajeitei a manga da camisa"). Portanto, a palavra manga é polissêmica, pois tem mais de um significado. 

E como nós vamos saber qual é o sentido da palavra se ela pode ter mais de um? 

Resposta: saberemos pelo contexto, pela situação em que ela está sendo usada.

Veja outro exemplo:

Tia Valda se sentou no banco
Tia Valda foi sacar dinheiro no banco.

A palavra "banco" é polissêmica, pois pode se referir ao móvel feito para a gente se sentar, ou então pode se referir à instituição financeira onde a gente deposita, saca e faz outras operações com o nosso dinheiro. Pelo contexto, sabemos qual é o significado de "banco" em cada frase. 


Agora, veja a imagem abaixo:




A pessoa que criou o meme acima fez uma brincadeira envolvendo a polissemia da palavra banco, utilizando o sentido em outro contexto e provocando o efeito de humor. 

 AMBIGUIDADE 

Por outro lado, a ambiguidade acontece quando existe mais de um entendimento possível na leitura de uma frase, ou seja: podemos ler e entender uma frase de mais de uma forma. 

Veja o exemplo abaixo:

Márcia disse para Bonifácio conversar com o seu gato


E agora? O gato é do Bonifácio ou da Márcia? Como as duas leituras são possíveis, nós temos aí uma ambiguidade, que poderia ser resolvida da seguinte forma:


Márcia disse para Bonifácio conversar com o gato dela (ou seja: o gato é da Márcia).
Márcia disse para Bonifácio conversar com o gato dele (ou seja: o gato é do Bonifácio).

Pelo visto, o gato não estava com vontade de conversar.


A ambiguidade é um vício de linguagem, ou seja: é um defeito. Porém, ela pode ser utilizada de forma proposital, gerando, por exemplo, o duplo sentido (muito comum em letras de música, piadas e propagandas). Assim, o duplo sentido é uma ambiguidade planejada, feita de propósito.



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